quinta-feira, 28 de janeiro de 2016



Transporte

Violência é ponto negativo da profissão para 74,6% dos taxistas, diz pesquisa



 / Foto: JC Imagem
Foto: JC Imagem
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quinta-feira (28), uma pesquisa que mostra o perfil dos taxistas brasileiros. O levantamento, feito em 12 regiões metropolitanas, incluindo a do Recife, mostra que 74,6% deles consideram a insegurança o principal ponto negativo da profissão. Assaltos e roubos são o maior problema da profissão para 38,2%. Apesar disso, 71,2% não foram vítimas de assaltos nos últimos dois anos.

Desgaste, comprometimento do convívio familiar e congestionamentos também foram apontados como pontos ruins, porém a flexibilidade de horários e a possibilidade de conhecer novas pessoas são considerados o lado bom.

O faturamento médio diário dos taxistas é de R$ 224,69, com renda mensal média de R$ 2.675,42, já considerando impostos, valores pagos ao locatário e outros custos - o gasto médio mensal com combustível é de R$ 1.361,06. 

Em ano de crise, 94,9% dos profissionais consideram que houve uma queda na demanda no ano passado. Quase metade têm dívidas de mais de R$ 16,5 mil a vencer. A maioria trabalha em média 12,8 horas, seis dias por semana. A espera por passageiros é de cerca de 74,9 minutos. Sete horas por dia é o que boa parte dos profissionais dorme.

Apenas 2,7% dos taxistas são mulheres. A média de idade desses profissionais é de 47,2 anos; quase 25,9% dos entrevistados têm de 40 a 49 anos de idade. Sessenta e oito porcento são casados. A média de tempo trabalhando na área é de 13,7 anos e 88,8% tiveram uma profissão anterior, principalmente em atividades ligadas ao comércio e outras de transporte.

Quase 46% têm ensino médio completo, mas só 6,3% concluíram o ensino superior. Menos de 1% não teve instrução, mas é alfabetizado. Para 26,9%, eles são considerados responsáveis pelos passageiros.

A média da frota de veículos nas principais regiões metropolitanas do País é nova. Mais de 22% dos carros dos entrevistados foram fabricados no ano passado.

Embora os aplicativos de táxis sejam muito usados, apenas 33% dos entrevistados operam por eles - mesmo com 78,5% se conectando frequentemente à internet, a maioria pelo celular, e 44,5% afirmando que atendem aos passageiros por apps. Setenta e dois porcento são contra a legalização do Uber.

A pesquisa incluiu dados sobre a saúde dos profissionais. A média de altura é de 1,73 metro e a de peso, 83,17 quilos. Mais de 16% já tiveram pressão alta e problemas de visão. O terceiro problema mais comum é na coluna (14,7%), seguido de dores de cabeça (10,2%) e gastrite (8,9%). A maioria não bebe, porém 41,4% afirmaram que consomem bebidas alcoólicas, mas não nos horários de trabalho. Aproximadamente 45% não têm local certo para fazer as refeições.

A pesquisa entrevistou 1.001 taxistas nas áras centrais das regiões metropolitanas, nos terminais rodoviários e de metrô e nos aeroportos de 4 a 14 de novembro do ano passado. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de três pontos percentuais. Entre os participantes do levantamento, Recife foi a quarta cidade com mais registros: 7,8% dos entrevistados, depois de São Paulo (16,4%), Rio de Janeiro (11,3%) e Fortaleza (7,8).

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