Pressionados por arrecadação em queda e gastos crescentes, os jornais destacam neste sábado (28) os rombos nas contas dos Estados e dos municípios do país. A Folha de S.Paulo informa que os Estados sofrem mais diretamente o impacto da crise orçamentária. Para equilibrar as contas, quando falta dinheiro em caixa, as gestões estaduais têm apenas o aumento de tributos e o atraso em pagamentos. A União consegue vender títulos. A manchete do jornal é: “Queda na arrecadação afeta mais os Estados”. 

O Estado de S.Paulo afirma que, num efeito dominó, o rombo dos orçamentos públicos chegou ao elo mais fraco: as prefeituras. Com caixa mais apertado e pouca capacidade de arrecadação, os prefeitos têm lançado mão de várias medidas para fechar as contas: a lista do ajuste municipal inclui desde a demissão de funcionários até a redução do horário de expediente dos órgãos públicos. Mais de 60% das prefeituras vão terminar o ano no vermelho. “Seis em cada dez cidades têm rombo nas contas”.

Em novas gravações divulgadas pelo "Jornal Nacional", o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirma ao ex-presidente José Sarney que contribuiu para a campanha do então deputado federal Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, em 2012. Segundo o "JN", a contribuição ocorreu a pedido do presidente interino, Michel Temer.

Os jornais também destacam que, em conversa gravada por Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) se mostrou contra a recondução de Rodrigo Janot para o cargo de procurador-geral da República. Janot, que iniciou em setembro do ano passado um segundo mandato como procurador-geral, já pediu nove inquéritos contra Renan. 

No momento em que conversas gravadas por Machado revelaram nesta semana a tentativas de interferência na Lava Jato por políticos do PMDB, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, proibiu a tramitação oculta de processos no tribunal, entre eles ações penais e inquéritos envolvendo políticos, como um que investiga o ex-presidente Lula, agora visível no sistema do STF. No tribunal, prevaleceu o entendimento de que a transparência é a regra. A manchete do O Globo é sobre esse assunto: “STF proíbe tramitação oculta de casos contra autoridades”. 

O ex-presidente do PP Pedro Corrêa, preso em Curitiba pela Lava Jato, afirmou, em delação premiada, que Lula discutia pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras. Ele também citou vários deputados, senadores, ministros, ex-ministros e ex-governadores envolvidos em esquemas de corrupção, além de ter confessado que recebeu dinheiro desviado de mais de 20 órgãos ligados ao governo federal. Os jornais trazem essas informações com base em reportagem da revista "Veja”.