sábado, 23 de janeiro de 2016



NORDESTE

Elomar celebra o sertão de Ariano Suassuna

Cantor, que vive discretamente no interior da Bahia e raramente dá entrevistas, reencontra os fãs e mostra as árias de Arioso



Elomar está em fase de produção de novo álbum, afirma seu filho, o maestro João Omar / Foto: divulgação

Elomar está em fase de produção de novo álbum, afirma seu filho, o maestro João Omar

Foto: divulgação

Elomar Figueira Mello acabou se tornando a espécie de figura mítica que ele mesmo desenhara, em 1979, no famoso refrão de O Violeiro: “Para o cantador e o violeiro, só há três coisas nesse mundo vão: amor, forria, viola – nunca dinheiro”. Desde 1980 ele vive na fazenda Casa dos Carneiros, no município de Vitória da Conquista, Bahia. Recluso, raramente aparece em público ou concede entrevistas. Tem passado grande parte da vida cuidando dos seus animais, balizando cercas, montando cancelas. E, sempre, compondo. 

Algumas dessas criações mais recentes foram selecionadas e são apresentadas hoje no concerto Arioso – Árias para Ariano, às 21h no Teatro RioMar. Elomar sobe ao palco acompanhado do filho, o maestro e arranjador João Omar.

Aos 78 anos, Elomar mantém alto ritmo criativo. João adianta que um novo disco está em produção para contemplar essa fase da carreira. “Vai se chamar Riachão do Gado Brabo. Serão canções inéditas do meu pai, algumas jovens e algumas antigas que ainda não haviam sido gravadas”. Segundo ele, será lançado de forma independente, sem suporte de grande gravadoras. “Tirando oCantoria (ao vivo com Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo), todos foram lançados assim”. E revela uma curiosidade: “O disco não deve ter uma versão digital. Com ele a coisa é mais ‘manual’ mesmo. Apesar de que ele gosta de tecnologia e alta fidelidade. Compõe no computador. É o bode hi-tech!”, brinca.

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