quinta-feira, 24 de março de 2016

Prejuízo da Oi cresce 2,9% e chega a R$ 4,5 bilhões no 4º trimestre

A operadora de telefonia Oi encerrou o quarto trimestre de 2015 com prejuízo líquido consolidado de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre de 2015 / Foto: Acervo
A operadora de telefonia Oi encerrou o quarto trimestre de 2015 com prejuízo líquido consolidado de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre de 2015Foto: Acervo
A operadora de telefonia Oi encerrou o quarto trimestre de 2015 com prejuízo líquido consolidado de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre de 2015, 2,9% a mais do que no mesmo período do ano anterior. No ano, o resultado negativo chegou a R$ 5,3 bilhões, o que representa alta de 21,4% do registrado em 2014.
Em seu informe de resultados, a companhia explica que o resultado foi impactado principalmente por três ajustes contábeis (sem efeito caixa), num total de R$ 3,1 bilhões, ligados a impairment de ativos registrados no balanço.

O primeiro deles é uma perda de R$ 89 milhões sobre o valor justo da participação da Oi nos investimentos controlados na África, o que impactou a linha de lucro operacional. Outro ajuste é referente ao valor justo da participação da Oi nos investimentos não controlados em África, incluindo Unitel, que impactou a linha de resultado financeiro. A perda foi de R$ 1,58 bilhão.

Além disso, houve provisões para perdas de Imposto de Renda Diferido, no montante de R$ 1,39 bilhão, para as empresas que não apresentaram expectativa de geração de lucros tributáveis futuros suficientes para compensar os créditos tributários.

O prejuízo líquido pró-forma das operações continuadas, excluindo os efeitos destes ajustes contábeis, teria sido da ordem de R$ 1,5 bilhão no quarto trimestre e de R$ 3,4 bilhões em 2015, explicado basicamente pelas despesas financeiras, cuja variação em relação ao mesmo período do ano anterior resulta da deterioração das condições dos mercados financeiros no Brasil, com impacto significativo no aumento das taxas de juros, justifica a administração da operadora.

A receita líquida total da Oi foi de R$ 6,7 bilhões nos últimos três meses do ano, redução de 8,5% na comparação anual. Em 2015, ficou em R$ 27,3 bilhões, queda de 4,2% ante 2014.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 1,706 bilhão no quarto trimestre de 2015, queda de 46,6% ante o quarto trimestre de 2014. Em 2015, foi de R$ 7,794 bilhões, queda de 24,8% ante 2014.

GUIDANCE - A operadora também destacou no release que atingiu o guidance para o ano de 2015. Houve projeção de Ebitda de rotina e de melhoria de fluxo de caixa operacional (Ebitda de rotina menos Capex) para as operações no Brasil.

Para o Ebitda de rotina, o guidance era entre R$ 7 bilhões e R$ 7,4 bilhões, sendo que ficou em R$ 7,23 bilhões. Já a melhora do Ebitda de rotina menos capex era projetada entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,8 bilhão, e ficou em R$ 1,64 bilhão.

Para 2016, a companhia decidiu não divulgar projeções, alegando volatilidade no cenário macroeconômico.

PREVISÕES DE ANALISTAS - O prejuízo da Oi no balanço do quarto trimestre era esperado por analistas, porém o montante foi quase oito vezes pior que o previsto, devido principalmente a impairment. Além disso, o resultado demonstra que a empresa está no vermelho desde que firmou a venda da PT Portugal para a Altice, no final de 2014.

A Oi registrou prejuízo líquido de R$ 4,5 bilhões no período, quando a média das estimativas era de R$ 575,2 milhões. Foram ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Citi, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley, Credit Suisse e Bradesco BBI.

O Ebitda de rotina da Oi previsto por essas instituições na média era de R$ 1,917 bilhão, ao passo que a cifra registrada foi 6,4% menor, de R$ 1,795 bilhão. Vale ressaltar que o Ebitda consolidado da companhia no trimestre foi de R$ 1,706 bilhão.

A receita líquida, por sua vez, ficou em linha com as estimativas, em R$ 6,703 bilhões no quarto trimestre. Conforme a média das projeções das seis casas, a receita seria de R$ 6,875 bilhões no quarto trimestre.

O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

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