quinta-feira, 7 de abril de 2016

Reservas do Santa quase colocam classificação em risco

Foto: Tato Rocha/JC Imagem
Numa partida onde o personagem foi um jogador que atuou pouco mais de 20 minutos, o atacante Ítalo, e o máximo que fez foi levar um cartão amarelo, o Santa Cruz garantiu a classificação à segunda fase da Copa do Brasil com um perigoso 0x0 contra um inocente Rio Branco/ES, nesta quarta (6), no Arruda. Com um time misto em campo, o Tricolor foi um time confuso, desarticulado e lento e só não se complicou porque o adversário não teve qualidade para concluir as várias jogadas que teve na partida.
O Santa Cruz agora espera o adversário do confronto entre Náutico e Vitória da Conquista/BA, que jogam nesta quinta (7), no Arruda. No primeiro jogo, 0x0 na Bahia. Se o Timbu passar, pela primeira vez na história haverá um clássico pernambucano na Copa do Brasil.
O JOGO
Com o Santa sem muita vontade de atacar e o Rio Branco só querendo se defender, o primeiro tempo de jogo seguiu com o freio de mão puxado. O Santa obviamente sentiu a falta de entrosamento e os jogadores às vezes pareciam ocupar o mesmo lugar no campo, o que travava um pouco as ações. Mesmo assim, a iniciativa sempre partiu do lado coral.
Uma das curiosidades da partida era observar a atuação de Léo Moura, que considerava a partida sua verdadeira estreia pelo time, já que jogou, segundo ele, “baleado” o clássico contra o Náutico. Sem o vigor físico dos velhos tempos, o ex-lateral e agora meia se posicionou pela ponta direita e foi bem acionado. Nas vezes que deu o último passe, porém, foi previsível o suficiente para que a defesa cortasse.
Foto: André Nery/JC Imagem
Falando em lado direito, o técnico Milton Mendes mexeu no setor ainda no primeiro tempo, aos 37. Tirou o zagueiro improvisado de lateral, Éverton Sena, para continuar improvisando, só que com o atacante Ítalo, que fez sua estreia no Santa. O que, definitivamente, não funcionou, seja lá qual era a intenção.
A rigor, de perigo, mesmo, uma cobrança de falta de Daniel Costa para o Santa que o goleiro espalmou e dois lances do Rio Branco com Bruninho. Sem exagero, dois gols perdidos, um deles com direito a “furada” na área, cara a cara com o goleiro. Noutro, uma cabeçada descalibradíssima para fora.
O segundo tempo começou com Santa mais desanimado ainda. Tanto que o Rio Branco teve duas chances em menos de cinco minutos. Na primeira, Ramon desceu pelo lado direito e chutou sem direção. Na segunda, numa farrapada da zaga coral, Cleiton Gladiador ficou na cara de Edson e explodiu a bola no peito do goleiro.
Aí, Milton Mendes voltou a surpreender. Sabe aquela substituição dois parágrafos acima, aos 37 do primeiro? Aos 11 do segundo, o mesmo atacante Ítalo que entrou na lateral saiu do jogo para a entrada de Lelê. Vá entender. O treinador, inclusive, seguiu a linha de reabilitar nomes esquecidos do banco e tirou Raniel para a entrada do meia Pedro Botelho.
Já Duílio Dias parecia acreditar e tirou os jogadores que desperdiçaram as chances do time, Bruninho e Cleiton Gladiador, para a entrada de Emerson Balotelli e Felipe Capixaba. Substituições que não mudaram nada a dinâmica do jogo e o placar. Para sorte do Santa, a atuação abaixo da crítica dos reservas tricolores não custou a classificação.
Foto: André Nery/JC Imagem
FICHA DO JOGO
Santa Cruz
Edson Kolln, Everton Sena (Ítalo, depois Lelê), Alemão, Néris e Tiago Costa; Wellington, Daniel Costa, Leandrinho, Léo Moura e Raniel (Pedro Botelho); Bruno Moraes. Técnico: Milton Mendes.
Rio Branco
Walter; Ivan, Alexandre, Santiago e Murilo; Marco Antônio, Ramon, Leonardo, Rodriguinho e Bruninho (Emerson Balotelli); Cleiton Gladiador (Felipe Capixaba). Técnico: Duílio Dias.
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadao (GO). Assistentes: Leone Carvalho Rocha  e Adailton Fernando Menezes (ambos GO). Cartões Amarelos: Ítalo, Leo Moura, Lelê, Santiago, Leo Oliveira e Alexandre. Público: 2.690 torcedores. Renda: R$ 25.920,00.

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