Curitiba
Mulher de João Santana confessa à PF conta não declarada
Publicado em 24/02/2016, às 21h08 | Atualizado em 24/02/2016, às 21h11
Do Estadão Conteúdo
A mulher de Santana disse aos delegados da Lava Jato que os recursos não envolvem dinheiro de campanha no BrasilFoto: Reprodução
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"Está claro que a Mônica e o João estão presos por manutenção de conta não declara no exterior. Um crime pelo qual não existe uma pessoa presa nesse País. Não vou dizer que é um crime leve, mas é um crime que não enseja a prisão de qualquer cidadão", afirmou Tofic, ao deixar o prédio da Superintendência da PF, em Curitiba.
LEGAL - Segundo o defensor, Mônica explicou que o casal recebeu "recursos lícitos pelo trabalho honesto que fizeram ao longo de anos". "Não são lavadores de dinheiro, não são corruptos e nunca tiveram contrato com o poder público, gostem ou não dos clientes deles", disse o criminalista.
A mulher de Santana afirmou aos delegados da Lava Jato que os recursos não envolvem dinheiro de campanha no Brasil. "Os recursos são lícitos e não envolvem dinheiro de campanha brasileira", completou Tofic.
Para a Lava Jato, há elementos para apontar que os recursos movimentados e não declarados por Santana e pela mulher podem ter relação com o esquema de propina, controlado pelo PT, PMDB e PP, na Petrobras e que a fortuna de mais de R$ 70 milhões do casal está diretamente relacionada aos serviços prestados ao partido e às suas campanhas.
"O depoimento dela é claríssimo, detalha tintim por tintim e não deixa dúvida. De modo que agora, a menos que a ideia da polícia e do Ministério Público seja usar o depoimento para comprovar uma teoria preconcebida, o que se espera é que essa prisão seja revogada."
Tofic disse que vai apresentar um pedido para que seja revogada a prisão do casal. "Não existe nenhum elemento que sustente hoje a teoria que foi criada pela polícia e pelo Ministério Público de que esses recursos seriam provenientes de corrupção, de que eles saberiam que é proveniente de corrupção ou de campanhas brasileiras."
Tofic reclamou que o "depoimento foi riquíssimo" mas ficou reduzido a "três páginas". "Foi extremamente detalhado. Foi um depoimento rico em detalhes, nos prometeram que era um depoimento que estava sendo gravado, o que nos encheu de conforto, porque o depoimento gravado consegue demonstrar a riqueza de detalhes que foi dada. Ao final do depoimento, essa notícia de que estava sendo gravado não foi confirmada, o que nos encheu de surpresa."
O depoimento de João Santana está marcada para a manhã desta quinta-feira, 25.
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