quinta-feira, 30 de abril de 2015

Greve dos professores e governo Paulo Câmara: todos estão certos e errados

Em busca de constranger o governador Paulo Câmara (PSB) no encerramento do Todos Por Pernambuco, nesta quarta (29), professores entoaram o conhecido “o povo, unido, jamais será vencido”. Paulo respondeu: “concordo”. E aí passou a falar de novo sobre o caixa, que só terá a resposta sobre reajustes ao fechar as contas do governo de janeiro a abril. “E isso serve para todas as áreas”, disse. “Estamos muito serenos nos gastos, buscando economizar em tudo o que podemos economizar”, afirmou ainda.
Todo político pode e deve ser cobrado pelas promessas de campanha. Paulo prometeu: iria dobrar em 4 anos os salários dos professores. Como não se aumenta os salários em 100% de um ano para outro, a categoria esperava que este ano seu salário já tivesse uma alta generosa.
O chato da vida real é que uma verdade não anula outra.
Das eleições para cá o cenário virou. Vivemos uma crise que deixou o Paraná, inclusive, em convulsão. A presidente Dilma Rousseff (PT) pena para aprovar seu ajuste fiscal. E Paulo já cogita aumentar de R$ 320 milhões para R$ 600 milhões a meta de corte de gastos públicos, desligando até ar-condicionado.
Estamos no tipo de situação em que todos estão certos e errados. Devemos cobrar promessas de campanha. Mas também admitir a realidade. Uma categoria que decida fazer greve deve estar ciente: terá pouco ou nenhum resultado, ao menos agora. A não ser que o foco seja político. Aí a contradição será sindical, pois não terá mais nada a ver com funcionalismo.

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