quarta-feira, 15 de abril de 2015

Compesa não descarta aumento na conta e cobra obras estruturadoras

Os pernambucanos sofrem há quatro anos com os reflexos de uma seca prolongada no Estado. Apesar da dificuldade para a água chegar às torneiras, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) admite que pode haver um aumento na conta que chega à casa dos consumidores.
De acordo com o presidente da empresa, Roberto Tavares, embora não haja certeza desse reajuste acontecer, o aumento na conta da energia força a Compesa a estudar maneiras de não repassar esse reajuste para o consumidor.
Os setores de água e luz são interligados. A estiagem causa aumento na conta de energia e a Compesa gasta cerca de R$ 14 milhões com energia para distribuir a água. A empresa estuda a possibilidade de suspender investimentos para evitar um aumento na conta de água.
A Compesa alerta que os problemas com abastecimento em todo o Estado só deverão ser resolvidos se houver investimento em obras estruturadoras, como a troca de tubulações e a construção de adutoras, a exemplo da Adutora do Agreste, no interior pernambucano, e a finalização do Ramal do Agreste, que leva água da transposição do Rio São Francisco até a adutora. Somente essas duas obras, segundo a Compesa, sanariam o desabastecimento em mais de 60 municípios agrestinos.
Já a transposição do Rio Capibaribe, que beneficiaria o Sistema Botafogo, também depende desses investimentos e, de acordo com a Compesa, resolveria boa parte dos problemas com a falta d'água em grandes cidades da Região Metropolitana do Recife. Hoje esse sistema, que depende só das chuvas, está apenas com 18,3% de sua capacidade, o que ameaça o abastecimento das cidades de Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, no Grande Recife.
Sobre o desabastecimento no interior de Pernambuco, o presidente da Compesa avaliou como "deprimente para as cidades, para as pessoas e para a empresa que não consegue ter a água para distribuir". Atualmente, 12 municípios pernambucanos estão em colapso, recebendo água somente através de carros-pipa: Alagoinha, Brejinho, Caetés, Capoeiras, Itapetim, Jataúba, Jucati, Pedra, Poção, Santa Cruz da Baixa Verde, Triunfo e Venturosa.

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