sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Hospital Miguel Arraes fecha leitos temporariamente

O Hospital Miguel Arraes foi o primeiro da rede implantada pelo Estado a partir de 2010  e gerenciado por organização social/ Edmar Melo/ JC Imagem
O Hospital Miguel Arraes foi o primeiro da rede implantada pelo Estado a partir de 2010/ Edmar Melo/ JC Imagem
Vai além das UPAs a redução de serviços de saúde em Pernambuco nos últimos dias. Enquanto essas unidades diminuem plantões noturnos de pediatria e odontologia, o Hospital Metropolitano Miguel Arraes, o primeiro da rede terceirizada implantada a partir de 2010, fechou leitos de UTI e cirurgia geral, além de uma ala de ortopedia. A direção da unidade confirma a redução “temporária de alguns leitos”, mas não informa exatamente quantos. Afirma por nota que vem dialogando com a Secretaria Estadual de Saúde, “visando à regularização de repasses”. Profissionais que atuam no hospital gerenciado pelo Imip alegam que passam de 30 os leitos fechados e que na ortopedia não houve dispensa de médicos. Haveria uma “quarteirização”, contrato com empresa médica. Na rede administrada diretamente pelo Estado, mais leitos estão sendo desativados. Segundo secretários municipais de Saúde, a quota liberada pela Secretaria Estadual para exames especializados, como ressonância e tomografia, também está menor. Falta de recursos federais no SUS e crise na arrecadação estadual seriam as justificativas para o cenário sombrio. O Estado buscou recentemente apoio do Ministério da Saúde, na tentativa de abrir UPAEs construídas e sem previsão de inauguração. Mas quem trabalha na rede acha que o governo deveria estar concentrando esforços para manter o que já existe, priorizando seus hospitais, da capital e interior.

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