segunda-feira, 30 de março de 2015

Justiça Federal conclui audiência sobre execução de promotor de Itaíba

Com o interrogatório de quatro dos cinco réus, a Justiça Federal em Pernambuco concluiu nesta sexta (27) a audiência de instrução sobre o assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, morto em 2013, no Agreste de Pernambuco. Na próxima segunda (30), tem início o prazo de dois dias para cada parte - Ministério Público Federal (MPF) e Defesa - apresentarem as alegações finais. Após esse prazo, o Juízo da 36ª Vara deverá, em 10 dias, decidir pela pronúncia ou não dos denunciados. Caso ocorra a pronúncia, eles irão à júri popular.
O primeiro a ser interrogado foi Adeildo Ferreira dos Santos. Em seguida, a Justiça ouviu José Maria Domingos Cavalcante, José Marisvaldo Vitor da Silva e José Maria Pedro Rosendo Barbosa. O quinto réu, Antônio Cavalcante Filho, está foragido e, por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento da investigação.

Ao longo de quatro dias de audiência foram ouvidas 34 testemunhas - sendo 16 arroladas pela acusação e 18 pela Defesa - mais duas vítimas do crime, a advogada Mysheva Martins Ferrão (que era noiva do promotor) e Adautivo Elias Martins, tio dela.

Entenda o caso
O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.

A denúncia contra os cinco réus foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal (PF) denunciou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55, como o mandante do homicídio doloso, motivado por disputa de terras. Além dele, serão julgados, por participação no planejamento e execução do crime, José Maria Domingos Cavalcante, 55, Antônio Cavalcante Filho, 26, Adeíldo Ferreira dos Santos, 26, e José Marisvaldo Vitor da Silva, 42. Todos também vão responder pela tentativa de homicídio contra Misheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela. Os dois estavam no mesmo veículo do promotor no dia do crime, mas não foram atingidos pelos disparos.
G1

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